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A inserção do breaking nos Jogos Olímpicos em Paris irá agregar no movimento?

"No dia 04 de dezembro de 2020, o breaking foi incluído nos Jogos Olímpicos em Paris."

Apesar de ser um grande marco histórico para o movimento, a inserção do breaking nas Olimpíadas de Paris tem dividido b-boys e b-girls. Desde o anúncio do COI, um amplo debate tomou conta das redes sociais: se o breaking é dança, por que está nas Olimpíadas? Será que os Jogos Olímpicos vão agregar ou homogeneizar o movimento?

Alguns dançarinos defendem que a arte passa por transições e evoluí, sendo as Olimpíadas um capítulo a se celebrar na história do breaking, mas que não significa o apagamento da essência do movimento.

Mais do que isso, os dançarinos não são iguais enquanto o objetivo com o breaking. O movimento é complexo, podendo ser focado em competições, aulas, lazer, apresentações e até intervenções artísticas. Um exemplo é o grupo Zumb.boys, que usa a dança, entre elas o breaking, para a pesquisa cênica, comunicação, desenvolvimento de reflexões e vivências.

Portanto, nem todos os b-boys e b-girls focam na competição, mas para aqueles que o fazem, as Olimpíadas são uma grande oportunidade.

O debate sobre o breaking nas Olimpíadas também se estende para outros tópicos - e isso porque a mudança e o aumento de oportunidades não é algo certo, principalmente no Brasil. O movimento, assim como outras artes periféricas, sofre com o preconceito, carece de infraestrutura e recursos. Portanto, não dá para tratar o acontecimento de forma utópica.

Apesar dos possíveis benefícios de estar nos Jogos Olímpicos, uma das grandes questões é se isso vai melhorar a situação atual do movimento.

B-Girl Jilou
B-Girl Jilou fazendo um freeze

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